Estado homologa decreto de emergência de Vespasiano Corrêa

Município já transportou mais de 1,3 milhão de litros de água entre comunidades do interior

Vespasiano Corrêa – O governo do Estado homologou o decreto de situação de emergência, editado pelo prefeito Tiago Manuel Ferreira Michelon, em 22 de dezembro passado. Com a homologação, ocorrida na segunda-feira, dia 10, o município tem condições de acessar recursos e auxiliar obras emergenciais com menos burocracia. Na localidade de Linha Eduardo Guiller, o poço artesiano que abastecia as propriedades secou, situação que obriga a Administração a transpor água para manter o abastecimento.

Conforme o secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Daniel Gavineski, o decreto permanecerá por um período de 180 dias. Com este processo concluído, o município poderá receber apoio suplementar para amenizar a situação difícil, principalmente no que se refere ao setor agrícola. “A última chuva foi mal distribuída, e com o calor desta semana, a tendência é de aumento nas perdas”, avalia Gavineski. No relatório inicial, elaborado em parceria com a Emater/RS-Ascar em dezembro de 2021, a soma das perdas no campo já ultrapassava o montante de R$ 21 milhões, com perdas em 40% das lavouras.

“É necessário que se faça uso racional da água. Não é permitido molhar a grama, nem encher ou repor água nas piscinas. Neste momento todos precisamos ter cuidados com o uso de água potável, pois a estiagem está longe do fim”, alerta o titular da Agricultura. Gavineski comenta que na comunidade de Linha Eduardo Guiller, o poço artesiano que abastecia as famílias secou e, desde então, diariamente uma bomba manda água de outro poço do município para abastecer o reservatório daquela localidade. “Quando é necessário, até mesmo caminhão-pipa é utilizado pela Secretaria Municipal de Obras e Viação, para ajudar a completar os reservatórios nas propriedades”, complementa.

Decreto municipal segue vigente

No início do mês de dezembro, o prefeito Tiago Manuel Ferreira Michelon assinou o decreto para o racionamento no uso de água para outros fins além do consumo doméstico e para higiene. “É importante que a população se conscientize para evitar a falta de água para o consumo humano e para dar de beber aos animais”, pontua o secretário.

No documento que está em vigor desde o último dia 10 de dezembro, está prevista punição para as pessoas que forem flagradas utilizando a água para outras demandas. O Município irá aplicar multa inicial de R$ 200,00. Em caso de reincidência, o valor da multa será dobrado.

O decreto proíbe

– Lavagem de veículos automotores de qualquer espécie, com o uso de água potável distribuída pela rede pública;

– Irrigação de gramados, jardins, hortas e floreiras, bem como qualquer outro uso de água tratada, que possa significar o uso não prioritário;

– Reposição total ou troca de água de piscinas;

– Lavagem de calçadas de prédios comerciais e industriais, condomínios ou residências.